sábado, 24 de julho de 2010

Renovação: substituição de jogadores ou adeus à burocracia

Eis que temos o treinador da nossa Seleção. Mano Menezes. Sob sua responsabilidade: renovação.
As declarações do Presidente da CBF, Ricardo Dercy Gonçalves Texeira, foram todas nesse sentido, o que não poderia ser diferente num momento pós-eliminação.
Pois bem. Em 2006, o discurso foi o mesmo (pessoa e contéudo). Dunga, o substituto de Parreira, deveria iniciar um processo de renovação. Roberto Carlos (o Felipe Melo da época), em entrevista ao Fantástico (óbvio!) pronunciou o término de uma geração.
Quatro anos se passaram, mais um eliminação precoce e percebe-se que a renovação não se operou com a mesma força que o próprio substantivo denota. Boa parte daquele elenco fez parte do grupo de 2010 e a Seleção Brasileira seguiu burocrática, sem opção. Se fosse a Seleção Brasileira de Críquete (Cricket para Luciana Gimenez), de fato, não haveria opção, mas no futebol?
Em 2006, a palavra renovação foi posta com o significado de "substituição de jogadores", devido ao fim de ciclo, além do "resgate do amor à camisa", conforme pregava/insistia Dunga (que poderia ser garoto-propaganda da Dudalina!), hoje, creio que o discurso não deva ser o mesmo, ou pelo menos, o significado da renovação não deva se limitar a simples substituição de jogadores. Mais do que trocar um jogador por outro, o que é natural (ou veremos Gilberto Silva na Copa de 2014?), é preciso reavaliar o futebol (técnico/tático) apresentado pela Seleção Brasileira.
Futebol são 11 contra 11 e, sem descobrir a roda, é preciso opções tática e humana para aniquilar o adversário. Táticas todos sabem sobre todas. Opções humanas dispomos, como ninguém, de várias e ótimos. Cabe ao treinador conciliar tática e humana (técnica). Tarefa díficil? Acho que para o técnico da Seleção Brasileira de Críquete (existe, sabia?!) a situação é bem pior.
Adeus à burocracia na Seleção Brasileira.

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