segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Ayrton Senna e Joana d'Arc: semelhanças


Esse último final de semana foi a estréia do filme documentário "Senna: o brasileiro, o herói, o campeão" e, desde já, recomendo, não somente porque reelembra a trajetória vitoriosa e fascinante do maior ídolo da história do país, mas também porque imerge na personalidade de Ayrton. E é ai que estão as semelhanças com o mito da história Joana d'Arc, pelo menos com o que a história nos conta sobre ela.

O que mais me impressionou no documentário não foram as lendárias vitórias em Interlagos (apenas com a 6ª marcha) e em Mônaco ou a eterna rivalidade com Alan Prost (sobretudo nas duas corridas no Japão em 1989 e 1990), mas sim a certeza que Senna tinha em relação à proteção divina. Em todos os momentos ele menciona Deus, como se fosse protegido pelo ente sobrenatural, beirando uma imortalidade (talvez, por isso, fosse tão agressivo ao pilotar). Aqui está a primeira semelhança com Joana d'Arc, que foi descrita nos livros de História como uma guerreira movida por uma proposta de missão a cumprir segundo a vontade divina.

A segunda semelhança está na disciplina e determinação de ambos, seja a causa a vitória em uma corrida de carro ou em uma batalha.

Não estou aqui a extrair conclusões a respeito de Senna e sua fé. Apenas contando uma nova faceta, que ainda não conhecia de Ayrton.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Avaí, meu Avaí

A conversa dos avaianos hoje, após o jogo de ontem com o timão de proa é a mesma: fomos roubamos; o Avaí cairá.
Duas afirmações precipitadas. A primeira mais do que a segunda.
É verdade que nos primeiros 20 minutos o leão da ilha dominou o jogo e, não fosse os dois impedimentos questionáveis do bandeira, o resultado do primeiro tempo poderia ser outro.
Contudo, é verdade também que o goleiro Zé Carlos falhou no primeiro gol, a expulsão foi correta e o timão de proa dominou plenamente o restante da partida. O fenômeno, embora fora de forma física, esbanja classe e talento, visíveis quando se tem como parâmetro o campeonato brasileiro, escasso de bons centroavantes.
O Avaí não fez um jogo ruim, mas quando se está na zona negra (não é expressão preconceituosa) da tabela, um jogo mediano não basta. Sequer a sorte, nesses casos, está presente.
Faltam 5 rodadas e o rebaixamento ainda não está definido, até mesmo porque os ditos 45 pontos da salvação talvez sejam 43 ou 42. Daí porque a segunda afirmação acima dos torcedores não é taxativa, mas indicativa.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Corporativismo da imprensa esportiva brasileira



O discussão do Felipão com alguns repórteres até que não repercutiu muito. Houve um bafafa, mas logo as coisas se acalmaram (nada se compara com a briga entre Dunga e Alex Escobar).
No entanto, o caso foi mais uma prova de quão corporativista é a imprensa esportiva brasileira. Aliás, no meu entender, não se trata nem de corporativismo mas, sim, de infantilidade.
Isso porque, todas às vezes em que o entrevistado não responde da forma que o entrevistador quis (direcionou), ou seja, quando o entrevistado "não caiu na deles", ataques, protestos e retaliações são feitas, bem como sindicatos, associações, o Papa e o bundão (como disse Dunga) Alex Escobar intervêm.

Hoje (02.11), no programa Globo Esporte, Alex Escobar (Glenda, cadê você?) estendeu seus pitacos para dar um recadinho ao Felipão: "Ninguém é obrigado a dar entrevistas, mas se fizer vamos tratar as pessoas com respseito...blá blá blá!". O blogueira Tiago Lavinas também postou sobre o caso. Texto tão patético quanto os repórteres esperando a chegada de Felipão com nariz de palhaço (ridículo!).
Entrevistas coletivas ao final das partidas, situações que envolvem erros de arbitragens e, ainda, o treinador é obrigado a responder perguntas idiotas? Ou estou enganado e isso não acontece? Felipão, Muricy, Dorival Jr. (mais elegante) não são Sérgio Baresi, Ricardo Gomes, dentre outros, que apanham calados da imprensa. Falou besteira? Vai ouvir o que não gostaria!
Nesse caso, quem faltou com respeito, o entrevistado ou o entrevistador? Cada um defende o seu lado, mas para isso não é preciso ficar "chorando como criança pequena" e chamar a mamãe (no caso, as associações, sindicatos, igreja, Papa, etc,). Não estou defendendo as agressões (físicas ou verbais), mas o profissionalismo acima de tudo! Coloquem-se, os repórteres, nos seus devidos lugares, estudem, assistam aos jogos e perguntem adequadamente que nada disso acontecerá.